Nesta página, encontrará informações sobre algumas das lesões mais comuns.
Lesões Musculares
Uma lesão muscular é um problema na musculatura esquelética, ocorrendo alguma coisa diferente no músculo provocando um processo inflamatório e dor.
As lesões acontecem, devido a inúmeros problemas: mau aquecimento, excesso de esforço, desidratação, ultrapassar repentinamente os limites do músculo, problemas dentários, falta de descanso, etc. São as lesões mais frequentes nos praticantes desportivos sejam a nível profissional ou não.
As lesões musculares podem ser caracterizadas de 4 formas diferentes: Mialgias de esforço, Estiramento muscular, Contracturas e Roturas Musculares.
As Mialgias, são dores difusas ao longo do músculo caracterizadas por um mau estar geral. São de recuperação rápida com gelo e descanso.
O Estiramento Muscular ou Distensão Muscular, é quando o músculo ultrapassa os seus limites de contracção. Ocorre devido a um gesto brusco e repentino em que se estica demasiado o músculo. Deve-se parar imediatamente a actividade desportiva, fazer gelo nas 1ª 48 horas e tomar um anti-inflamatório. Demora sensivelmente 3 a 4 dias a recuperar.
Contracturas Musculares, é quando o músculo começa a ficar cansado e começa a ficar duro e começa a ter 1 ponto localizado de dor .Surge por falta de descanso, excesso de carga física, etc. Deve-se parar imediatamente a actividade física, fazer gelo nas 1ª 48 horas e fazer fisioterapia, pois a massagem aqui já é muito importante porque ajuda a desfazer a sensação de duro e elimina aderências que o próprio músculo começa a criar. Demora sensivelmente 10 a 12 dias a recuperar.
Por fim temos as temidas Roturas Musculares. São caracterizadas por 1 dor muito forte, localizada e a causar incapacidade funcional. É quando o músculo rasga algumas ou a totalidade das fibras musculares devido variadas causas. Deve-se parar imediatamente a actividade e fazer de imediato fisioterapia, para regenerar mais rapidamente o músculo. Uma rotura deve ser cuidadosamente tratada para não deixar sequelas para o futuro. Demora cerca de 3 a 4 semanas a ficar totalmente recuperada e a actividade física só deve ser recomeçada após a recuperação total do músculo sob pena de haver recaídas.
Deve-se fazer sempre 1 prevenção das lesões musculares: bom aquecimento, bons alongamentos antes e após o esforço, massajar de vez em quando os músculos, descansar bem e alimentar-se bem.
Bursites
Bursite é uma inflamação da bolsa sinovial, ou seja, a almofada membranosa que se localiza nas articulações.
Tem como função evitar o atrito entre duas estruturas por exemplo tendão/osso, ou tendão/músculo. Ou seja, se houver 1 pancada directa, não bate directamente no osso, mas sim na bolsa que vai servir de amortecedor.
São caracterizadas por dor local e inchaço com líquido esponjoso.
São causadas por traumatismos directos, infecções, excesso de esforço, movimentos repetitivos, artrite ou gota.
O tratamento aconselhado, é o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e muito gelo.
É uma patologia de recuperação fácil, mas com grandes probabilidades de reincidivas!
Entorse do Tornozelo
Uma entorse do tornozelo, é resultado de uma torção do pé seja a nível interno (mais frequente), seja a nível externo, em que existe um estiramento ou rotura de ligamentos.
As causas das entorses, são as irregularidades no solo, a adopção de algumas formas de caminhar, o uso de calçado inapropriado, bem como situações de fraqueza e instabilidade articular.
São caracterizadas em 3 Graus:
Grau 1 ou entorse ligeira - os ligamentos sofrem estiramento mas não rotura. Os sintomas são ligeiros, no que diz respeito à dor e inchaço local.
Grau 2 ou entorse moderada - os ligamentos sofrem estiramento e rotura incompleta. Os sintomas são mais exuberantes, com dor local, inchaço e, por vezes, hemorragia, dificultando, ou mesmo, impossibilitando a marcha.
Grau 3 ou entorse grave - ocorre rotura completa de um ou mais ligamentos, o que provoca instabilidade do tornozelo. Este aspecto, em conjunto com os sintomas intensos que se desenvolvem imediatamente, tornam a marcha impossível. Os sintomas (dor, inchaço) agravam-se progressivamente após a entorse e tornam-se mais intensos com o calor da cama ou com o banho de água quente.
O tratamento a seguir depende da gravidade da situação. O repouso é fundamental, tal como a elevação do tornozelo e a aplicação de gelo local.
Na entorse ligeira, habitualmente opta-se pela aplicação de uma ligadura elástica seguida de mobilização imediata. A marcha será reiniciada de forma progressiva.
Na entorse moderada, além da ligadura elástica e repouso, deve ser utilizado um apoio de marcha (canadiana) durante 3 semanas, de forma a imobilizar a parte inferior da perna.
Na entorse grave, a indicação será de operar de forma a suturar os ligamentos e posteriormente aplicar uma imobilização gessada.
Fraturas Ósseas
Uma fractura óssea é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo.
É causada na maior parte dos casos por uma queda. O traço de fratura é geralmente transversal (atravessando o osso directamente na sua largura), mas pode também ser longitudinal (correndo no sentido do seu comprimento), oblíquo ou em espiral. As fracturas dividem-se em dois tipos principais: fechadas, ou simples, e abertas, ou expostas. Numa fractura fechada não há comunicação do foco de fractura com o exterior através da pele; na fractura exposta, essa comunicação existe, podendo até uma ou ambas as extremidades do osso se projectarem através da pele.
As localizações mais vulgares, geralmente como resultado de queda, são a mão, o punho, o tornozelo, a clavícula e o colo do fémur. Normalmente após 1 fractura existe dor e edema no local da fractura e em alguns casos deformação local e a dor aumenta com o movimento. É necessário fazer 1 RX ao membro para se diagnosticar o tipo de fractura e o grau de desalinhamento se existir e se necessário colocar parafuso ou tala metálica para consolidar mais rapidamente.
É necessário colocar gesso para reduzir a fractura e ao fim de 4 a 6 semanas fazer novo RX de controlo. Quando o osso ganhar calo ósseo, pode-se retirar o gesso e iniciar a reabilitação visto que o período de inactividade leva a atrofia muscular e retira mobilidade ao membro. Logo que possível deve-se iniciar a reabilitação.
Luxações e Subluxações
Luxação de uma articulação ocorre quando as superfícies articulares ficam completamente separadas umas das outras de modo a perder a aproximação.
Subluxação ocorre quando as superfícies articulares ficam parcialmente separadas mas fica alguma parte em contacto.
A principal causa das luxações e subluxações são traumatismos, podendo no entanto ocorrer por movimentos específicos de extensão e rotação para além dos limites da articulação.
Normalmente este tipo de lesão está associada a lesões graves dos tecidos moles envolventes, podendo haver roturas musculares, ligamentares, tendinosas e até fraturas.
Na hora da lesão o paciente tem uma dor muito violenta e incapacitante associada a uma deformidade bem visível a olho nu.
Nos momentos seguintes, deve-se tentar reduzir a luxação e encaminhar o paciente para o hospital, afim de fazer exames complementares que nos forneçam o diagnóstico completo da luxação. Contudo esta redução do paciente só deve ser feita por profissionais habilitados sob pena de aumentar o risco de lesões secundárias.
Após os exames deve-se decidir se o paciente necessita de cirurgia ou só de imobilizar a articulação afectada.
De seguida deve iniciar um período de fisioterapia que é doloroso na face inicial, para o paciente progressivamente reiniciar a sua normal actividade diária, sendo que o período de recuperação é variável de paciente para paciente.
As principais luxações ocorrem no ombro, cotovelo, dedos e quadril.
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